A mulher no mercado de TI: (com)provando seu valor

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Thayná | Março 21, 2019

Provavelmente você já ouviu alguém dizer que mulheres são de humanas, enquanto homens são de exatas, não é mesmo? Reproduzida indiscriminadamente, esta ideia assumiu status de “verdade”, ainda que as evidências científicas sejam vagas e contraditórias. O que acontece é que este tipo de afirmação decorre muito mais de uma herança cultural referente ao papel do homem e da mulher dentro da sociedade.

Enquanto brincadeiras, jogos e conteúdos reforçam estereótipos de meninos como seres mais racionais e melhores com esportes; colocam as meninas no papel de pessoas mais delicadas, guiadas pela emoção. Assim, as identidades foram sendo perpetuadas seguindo ideais de acordo com a biologia dos corpos.

Felizmente, em um momento em que um tema como a igualdade de gênero está tão em alta, delimitar o espaço que uma pessoa deve ocupar profissionalmente simplesmente pelo fato de ser mulher ou homem já não faz mais sentido. Conversamos com três gerentes de TI na Daitan, que deixaram claro que mulher e tecnologia são dois temas que, indiscutivelmente, se complementam. Confira!


Andrea Craveiro
é mestre em Ciências da Computação pela USP São Carlos e atua como Gerente de Desenvolvimento de Software, responsável por quatro equipes na Daitan. Amante da matemática e fascinada por raciocínio lógico desde a adolescência.

Elaine Denadai é formada em Engenharia de Computação pela Unicamp, com MBA em Tendências e Inovações. Lidera cinco equipes de desenvolvimento de software na Daitan e trabalha em iniciativas de melhoria interna no cliente em que atua.

Márcia Costa é analista de Sistemas pela PUC Campinas e curiosa por natureza. Na Daitan, tem como responsabilidade estruturar o escritório de processos, atuando como facilitadora na definição dos processos organizacionais e na promoção da melhoria continua.

Minorias no mercado de trabalho

Estamos testemunhando um momento de mudança e evolução no mercado de trabalho, ainda que exista uma forma de pensar e agir bastante arraigada e preconceituosa na sociedade. Piadas e brincadeiras constrangedoras estão perdendo espaço e as pessoas estão mais confiantes para se colocar contra situações de desrespeito. Para Márcia, as pessoas não devem ter medo e se omitir diante de excessos. “Ao longo da minha carreira, já tive que me posicionar para evitar um dano maior, o respeito deve sempre prevalecer”, lembra.

Empresas, em geral, vêm se mostrando mais receptivas às minorias e à diversidade em seu quadro de colaboradores. Um exemplo é a Daitan, “que está engajada em acolher a diversidade, baseando-se fortemente no princípio que aqui ninguém pode ser discriminado por motivo nenhum”, comenta Andrea.

Desafios

Ser resiliente é uma característica importante para a mulher que opta pela carreira em TI. Isso porque, algumas vezes, será preciso se esforçar mais que os outros, ouvir comentários desagradáveis ou não ser a escolhida para a promoção, ainda que merecida. Por outro lado, Andrea acredita que entre os principais desafios, está a superação da própria crença de que mulheres não são tão capazes quanto homens. “Depois que você supera esse desafio, os outros se tornam mais fáceis”, aponta.

Outro obstáculo é conciliar todas as atividades da vida profissional e pessoal do dia a dia e a energia para seguir estudando e se atualizando, o que é uma demanda do mercado de tecnologia. “Eu tive sorte em ter uma família que sempre me ajudou e incentivou, mas nem sempre é assim”, comenta Márcia.

Mulheres x Homens

Olhar para os detalhes, ter mais sensibilidade, empatia, atenção ao cliente, visão sistêmica e a capacidade de realizar várias atividades ao mesmo tempo. São diferenciais da mulher no mercado de trabalho?

Independentemente de qualquer característica relacionada ao gênero, as profissionais entendem que todas as pessoas são capazes de executar qualquer tarefa, desde que se dediquem para este fim. “Acredito em capacidades individuais, independente do sexo da pessoa. Para mim, tanto homens quanto mulheres são capazes de executar qualquer trabalho com qualidade, desde que se dediquem para tal”, aponta Andrea. “Somos seres racionais e podemos fazer excelentes trabalhos em nossas áreas de atuação”, completa Elaine.

(Com)provar o seu valor

Ninguém duvida que conquistar uma posição de liderança demande trabalho duro e dedicação. Mulheres na área de tecnologia sentem na pele implicações ainda maiores e precisam se esforçar mais do que os homens para mostrar que são tão capazes quanto eles. “No início da carreira, eu sentia que a mulher tinha que batalhar muito mais do que os homens para ter o mesmo reconhecimento ou serem consideradas capazes por suas equipes”, lembra Elaine. “Eu só passava a ser tratada em pé de igualdade em discussões técnicas depois de batalhar forte para ganhar a confiança dos meus colegas”, complementa Andrea.

Elas entendem que esta situação já está evoluindo para uma realidade mais igualitária. “Acredito que hoje está um pouco mais fácil, pois estamos criando nossos filhos para reconhecerem o valor de cada ser humano, independente de sexo, religião ou cor”, destaca Elaine.

As gestoras da Daitan são provas de que o desafio existe, mas é possível ser superado. Ainda estamos longe do cenário perfeito, mas há otimismo e as melhorias estão acontecendo. Melhor ainda quando o ambiente profissional promove incentivos e oportunidades igualitárias a homens e mulheres, no qual as oportunidades são atreladas única e exclusivamente ao desempenho e merecimento.

Você é mulher e está em busca de uma oportunidade de carreira em TI? Venha fazer parte do nosso time!