Se até alguns anos atrás o termo sequer existia, atualmente, microservices – também conhecido como microsserviços – vem ganhando relevância e se tornando uma das palavras mais populares entre arquitetos de sistemas e empresas de tecnologia. No entanto, é comum que ainda haja confusão sobre o que de fato significa uma arquitetura de microsserviços e o que ela representa para o desenvolvimento de aplicações nas empresas atuais.
Até pouco tempo atrás, softwares eram construídos sob um componente único. Com a evolução das tecnologias e a necessidade cada vez maior de escalabilidade, agilidade e produtividade, os microsserviços surgiram como a evolução dos princípios de arquitetura para a entrega de soluções para os negócios na forma de serviços.
A técnica apresenta uma nova forma de construir aplicações por meio de serviços menores, independentes e especializados em tarefas de um domínio específico da aplicação. Cada microsserviço tem seu próprio ciclo de vida, desacoplado do restante da aplicação, pode ser construído na ferramenta de linguagem com a qual o desenvolvedor se sentir mais confortável, e se comunica com os outros serviços por meio de uma interface bem definida.
Por ser uma solução para as aplicações complexas, a arquitetura de microserviços já é bastante utilizada no desenvolvimento de projetos na Daitan. Conversamos com Isac Souza, Arquiteto de Sistemas aqui na Daitan, e ele nos revelou mais detalhes sobre a arquitetura e seu uso no desenvolvimento. Confira!
Quando é indicado utilizar a arquitetura de microsserviços?
Não há uma regra para decidir se a arquitetura é ou não indicada para sua aplicação. Normalmente, a técnica é adotada para aplicações complexas compostas por vários componentes e que precisam ter alta disponibilidade e escalabilidade. Essa arquitetura também é interessante quando é necessário – ou desejável – utilizar diferentes linguagens ou tecnologias para implementar partes específicas da aplicação.
Quais os benefícios de utilizá-la?
O grande benefício é a redução da complexidade de cada serviço. Por se tratar de serviços leves e focados em um domínio da aplicação, possuem menos códigos, menos dependências e são mais fáceis de implantar e alterar. Isso também permite melhor uso dos recursos computacionais, parâmetros de escalabilidade e disponibilidade próprios. Outro ponto positivo é a possibilidade de se utilizar a melhor ferramenta (linguagem de programação, framework, biblioteca) para resolver um determinado problema.
Existem riscos ou desvantagens em usar?
Apesar de reduzir a complexidade local de cada serviço, a arquitetura de microsserviços aumenta a complexidade do sistema como um todo. Isso porque torna necessário um gerenciamento de um conjunto de serviços heterogêneos que se comunicam entre si. Ainda que essa complexidade sistêmica possa ser reduzida por meio de automação e monitoramento, ela não pode ser ignorada.
Há também o risco de acoplamento entre os serviços, caso as interfaces não sejam bem definidas. Neste caso, os serviços se tornam interdependentes e perdem as propriedades de escalabilidade e ciclo de vida independentes.
Que tipo de profissional faz uso dela?
Esse estilo de arquitetura é usado pelo arquiteto de sistemas para definir como a aplicação será dividida em serviços. E também como esses serviços se comunicam entre si para entregar todas as funcionalidades de um produto. Por se tratar de uma arquitetura de sistemas, ela não é utilizada diretamente como uma linguagem de programação ou uma ferramenta de teste, mas todos os desenvolvedores devem conhecê-la e aplicá-la nas decisões arquiteturais.
Como e quando empresas a utilizam?
É possível utilizar desde a concepção de um projeto. No entanto, também existe a possibilidade de ser aplicada para evoluir uma outra arquitetura que não esteja mais adequada, como na migração de uma arquitetura monolítica para uma microsserviços. Na arquitetura monolítica, há um componente único responsável por todas as funcionalidades da aplicação. Conforme essa aplicação cresce, novas funcionalidades são adicionadas, a complexidade aumenta e se torna mais difícil fazer alterações e escalar a aplicação. Para resolver esses desafios, o monolito pode ser dividido em microsserviços independentes.
Em um ambiente de negócios extraordinariamente competitivo e que muda constantemente, como o que vivenciamos nos dias de hoje, nenhuma empresa, seja qual for o tamanho ou setor em que atue, está a salvo das interferências externas. É imprescindível que organizações inovem rapidamente, buscando estar um passo à frente da concorrência.
A transformação digital oferece inúmeras ferramentas para que as empresas criem novas experiências aos clientes e prosperem com agilidade. Atuar com arquitetura de microsserviço está entre as bases da Daitan para entregar mais inovação e responder rapidamente às demandas.
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